**"A Última Vitória Brasileira na São Silvestre: Relembre o Conquista Nacional"**
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- 29 de dez. de 2024
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A Secura Brasileira e a Dominação Africana na São Silvestre: Um Olhar Sobre o Jejum de Vitórias
A São Silvestre é, sem dúvida, a corrida mais tradicional e famosa do atletismo brasileiro, realizada anualmente no dia 31 de dezembro nas ruas de São Paulo. A competição, que já atraiu atletas de renome e grandes multidões de espectadores, está longe de ser apenas um evento esportivo: é um símbolo do esporte nacional, com uma enorme carga histórica e emocional para os brasileiros. No entanto, há algo que tem faltado nos últimos anos: vitórias brasileiras. O país vive um longo jejum de títulos tanto no masculino quanto no feminino, e o cenário de dominação africana é cada vez mais evidente.
A última vez que um brasileiro conquistou o título masculino da São Silvestre foi em 2010, quando Marílson Gomes dos Santos subiu ao topo do pódio. O atleta, um dos mais destacados da história do atletismo nacional, garantiu seu segundo título na prova mais importante do país. Já no feminino, a última vitória brasileira aconteceu em 2006, com Lucélia Peres. Desde então, o domínio da competição foi praticamente monopolizado por corredores de duas nações africanas: Quênia e Etiópia.
O Quênia, especialmente, se destacou como o país mais vitorioso na história da prova, tanto no masculino quanto no feminino. No total, os quenianos somam 17 vitórias no masculino e 18 no feminino, estabelecendo uma hegemonia quase imbatível ao longo das edições. Essa supremacia africana é uma demonstração clara da força do atletismo no continente, que continua a dominar as principais corridas de rua do mundo. A Etiópia também tem desempenhado um papel fundamental, com 5 vitórias no masculino e 4 no feminino, o que coloca os dois países africanos no topo do ranking histórico da São Silvestre.
No entanto, a história da corrida é marcada pelas conquistas brasileiras, que ainda figuram como a segunda nação mais vitoriosa na competição, embora à distância. O Brasil soma 11 vitórias no masculino e 5 no feminino, números que, apesar de expressivos, parecem distantes do desempenho atual nas edições recentes. A última vitória brasileira, no masculino, ocorreu há mais de uma década, e a situação no feminino é igualmente preocupante, com um longo intervalo desde o triunfo de Lucélia Peres.
Este longo jejum gerou um sentimento de ansiedade entre os corredores brasileiros e os fãs do atletismo no país. A torcida aguarda ansiosamente por novos talentos capazes de retornar o Brasil ao pódio da Avenida Paulista. A expectativa é que novos corredores ou corredoras possam surgir, inspirados pelos heróis do passado, e conquistar o tão esperado título. O desempenho dos atletas brasileiros nos últimos anos, embora consistente, não foi suficiente para quebrar a hegemonia africana, o que coloca em dúvida se um novo campeão nacional pode surgir em breve.
Além da seca de vitórias, outro aspecto que chama a atenção são os recordes estabelecidos nas últimas edições. No masculino, o recorde atual da São Silvestre pertence ao queniano Kibiwot Kandie, que fez a prova em 42 minutos e 59 segundos, estabelecendo um tempo imbatível em 2019. No feminino, a marca recorde foi conquistada pela também queniana Brigid Kosgel, que fez a prova em 48 minutos e 54 segundos, em 2018. Esses tempos não apenas refletem a superioridade técnica dos atletas africanos, mas também indicam um alto nível de preparação e de investimento no esporte no continente.
Porém, mesmo com essa supremacia internacional, o Brasil continua a nutrir a esperança de que, com mais apoio ao atletismo e a descoberta de novos talentos, será possível resgatar a tradição de vitórias na São Silvestre. O esporte no Brasil possui uma rica história e uma base de atletas talentosos, e a possibilidade de um novo campeão brasileiro surge sempre que a corrida se aproxima, com a torcida esperando ansiosa por um retorno triunfal.
Em um cenário global de forte competitividade e com a consolidação do domínio africano, a São Silvestre segue sendo uma das grandes paixões do povo brasileiro. Mesmo sem títulos recentes, ela continua a inspirar corredores de todo o país, mantendo viva a chama do atletismo e a esperança de que, em algum ano, um novo herói brasileiro possa brilhar nas ruas de São Paulo e devolver ao Brasil a vitória na corrida mais famosa do país.



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